sexta-feira, 9 de agosto de 2013

De Garopaba para a Itália!


Estudante do 9º semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo, Claudia Matos, 21, irá morar em Milão por um ano, onde estudará com bolsa do Ciência Sem Fronteira.

Com passagem marcada para 20 de agosto deste ano, Claudia Matos, 21, viajará para a Itália em busca de novos conhecimentos e experiências de vida, para aplicar na cidade onde nasceu e foi criada, pela qual tem tanto amor, a antiga vila de pescadores, Garopaba. A aluna do 9º semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo, bolsista do Prouni na Universidade do Sul de Santa Catarina, foi contemplada por mais um benefício do Governo Federal, uma bolsa de estudos do Ciência Sem Fronteira.

O sonho, que até então era quase uma utopia para Claudia, começou quando, no verão de 2013, assistiu uma propaganda do Ciência sem Fronteira na televisão para que estudantes universitários se inscrevessem no programa pela internet. 

O programa a qualificação de acadêmicos de curso superior em países estrangeiros, visando a qualificação profissional para brasileiros. E para a inscrição o aluno precisa cumprir algumas exigências, como ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio depois de 2009 e ter concluído entre 20% e 90% da graduação em universidade pública ou com algum tipo de bolsa de estudos.

Imediatamente, e em busca de novos horizontes – pois estava na fase final da faculdade, com quase 90% do curso concluído –, fez a inscrição. De início, optou por tentar a bolsa em Portugal, tendo em vista que as aulas seriam ministradas na língua local. Devido o grande número de inscritos para o mesmo país, houve um manejo de alunos para outras localidades, cada um podendo escolher alguns destinos específicos. Foi quando surgiu a alternativa para Claudia estudar na Itália.

Todo este processo, desde o período da inscrição, já dura mais de seis meses, fazendo as expectativas aumentarem ainda mais. Claudia irá passar um ano estudando na Itália, com auxílio do governo, além do direito a outra bolsa de estudos da língua local. Para isso, trancou a matrícula do 10º semestre da faculdade, além da própria formatura, em abril do próximo ano.
Claudia irá morar em Milão, onde já tem contrato de aluguel de um apartamento com outras três colegas brasileiras também beneficiadas com o Ciência Sem Fronteiras. Duas delas são de Florianópolis, uma estudante da UFSC e outra da Unisul do Centro da capital. As outras duas são de São Paulo. Todas irão se conhecer no dia 23, no Politecnico di Milano, onde irão estudar.

- Vai ser uma experiência única. Irá ampliar os meus conhecimentos, vou aprender a me virar sozinha, além de conhecer outras culturas. Eu vou criar a minha própria visão de mundo pelo que eu vou viver e não pelo que eu ouvi falar ou li. O único ponto negativo será ficar longe das pessoas que a gente gosta, mas vai ser preciso abrir mão de alguma coisa – comentou.

Investimento em Planejamento Urbano e Territorial

A área de conhecimento que Claudia irá estudar é de Planejamento Urbano e Territorial. A ideia da estudante é agregar conhecimento para aplicação no Trabalho de Conclusão de Curso que é totalmente voltado para Garopaba.

- Eu quero criar um paralelo entre o que eu vou estudar lá na Itália com a proposta do meu TCC, que visa a revitalização da orla da Praia do Centro e da Lagoa das Capivaras – destacou.

A família
Os parentes e amigos de Claudia estão na mesma ansiedade e euforia da jovem. A expectativa para a viagem iniciaram junto com a inscrição. E agora tomam corpo com a chegada da data do embarque.

- Eu não queria que ela fosse, porque vou sentir saudades. Mas eu sei que é bom para ela. Então ela tem que ir – disse a avó Cecília Patrício, que ajudou a criar Claudia.

O embarque

As passagens rumo à Itália estão marcadas para o próximo dia 20, mas Claudinha, conforme é chamado pelos amigos e família, se despede de Garopaba no dia 17, quando irá viajar para São Paulo e de lá irá embarcar para o sonho europeu.

Heloiza Abreu
Matéria publicada na edição 254 do Jornal da Praia Garopaba 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Mundo unificado pela paz!



É impossível garantir, mas a impressão é que o que foi dito e o que aconteceu na Jornada Mundial da Juventude foi premeditado. As teorias criadas foram as mais variadas. Uns acreditam em destino, outros em outras crenças e alguns em nenhuma delas. Mas o que todos têm certeza é que maldade não houve. Ao contrário: tudo, tudo mesmo, visou o bem para todos.

A postura de poder supremo, tanto da razão, quanto do dinheiro e de muitas outras coisas, precisou ser desmistificada. A Igreja Católica se viu na obrigação de dar um golpe nas próprias crenças para voltar a ser detentora do espaço que possuía anteriormente na sociedade.

Durante muito tempo, e devido muitas razões, esta mesma religião perdeu crédito com a sociedade por não se atualizar a realidade que as pessoas começavam a se inserir. O mundo evoluiu. As comunidades mudaram. As crenças e culturas deram novos passos. Mas o catolicismo não acompanhou, seja por não conseguir seguir o ritmo com que a sociedade mudou, por não sentir necessidade mudar, ou por qualquer outra coisa.

Vejam que a sociedade clama por pessoas mais humildes; aceitou e respeitou a homossexualidade, bissexualidade, transsexualidade e todas as outras opções sexuais existentes; briga por justiça e pelo fim da corrupção; quer alimento e educação de qualidade; anseia por segurança e melhoria na saúde; enfim, repitamos, o mundo mudou. A vida humana se libertou dos tabus e aderiu crenças mais maleáveis, lights

Em outras palavras, o Papa Francisco aderiu àquilo que a sociedade também aderiu. O “Chico”, conforme carinhosamente vem sendo chamado, deu à Igreja a cara do povo. Porque ser Igreja é ser povo sim! A nova administração católica veio como um tsunami que lavou as crenças antigas, dando um brilho nas novas e, consequentemente, aflorando os sentimentos e sensações dos fiéis, sejam eles das mais variadas religiões.

O que as outras religiões têm a ver com isso? Tem a ver que respeitaram e de alguma maneira contribuíram para o evento, direta ou indiretamente. Alguns fiéis de outras igrejas, por exemplo, receberam os peregrinos católicos em suas casas, servindo como colaboradores, como ovelhas do bem.

A JMJ serviu como vertente para escancarar, ou introduzir no subconsciente das pessoas, que a Igreja Católica está disposta a ser mais maleável. Quis mostrar que a mulher é sim dona do seu próprio corpo e que todo mundo pode optar pela opção sexual que lhe fizer mais feliz. E, principalmente, plantou nas mentes que rótulos apenas embalam pessoas, mas o importante é a construção de um caráter sólido, carregado de bons princípios.