quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Entrevista JP: Primeiro Prefeito nomeado de Garopaba, Jorge Pacheco de Souza, relembra os primeiros passos do municípi

Nascido em 25/04/1927, Jorge Pacheco de Souza esteve ao lado de João Orestes de Araújo durante a administração, quando foi eleito o primeiro Prefeito de Garopaba. Hoje, aos 84 anos, além de agradecer pela saúde de ferro que desfruta, comemora os 50 anos de emancipação política e administrativa de cidade.
E assim começou a conversa com o 2º Prefeito de Garopaba, regada pelo café preparado pela dona Guilhermina Albano de Souza, há 62 anos casada com Sr. Jorge.

JPGAROPABA: Não poderíamos começar diferente, Sr. Jorge. Quais as tuas recordações de Garopaba?

JORGE PACHECO: Garopaba antigamente tinha um Centro muito grande e tinha um porto. Então aquilo ali enchia de gente e as mercadorias iam tudo para ali. Isso fez com que Garopaba crescesse muito (antes de 1923). Mas quando abriram aquela estrada Laguna-Florianópolis ela tornou a decair, porque o transporte marítimo também caiu. Eu me recordo de 1930, quando eu tinha 3 anos. Começa com a revolução dos gaúchos, que reformou tudo isso, a nova política, como se diz. Foi um Deus nos acuda, todo mundo correndo, porque o gaúcho era um ET: ninguém conhecia, ninguém sabia, todo mundo tinha medo, por causa da primeira revolução que os gaúchos vieram e tomaram tudo. Então, eu me lembro de ter saído com meu pai e a família toda e fomos para o Capão. Mas naquele tempo era difícil de atravessar. Em 24 de outubro foi quando “arrebentou” a revolução. E em 30 de outubro nós fomos.

JP: E as recordações políticas?

JORGE: Olha, em 1937, eu tinha dez anos e me lembro do movimento que estavam começando a fazer para tirar o Washington Luis. Mas eu me lembro de um político que foi na nossa roça, aonde eu trabalhei por muito tempo com meu pai e os outros irmãos, porque ele estava fazendo uma lista de eleitores que iam votar contra o governo do Washington e aí vinha o Getúlio Vargas com esta “Aliança Liberal”. Eu lembro quando o inspetor chegava de Palhoça, cansado, porque os municípios que também pertenciam à Palhoça tinham perdido a supremacia, inclusive Garopaba. Então era um município pobre e nós mais pobres ainda. Pagavam-se impostos, mas não voltava nada. Quer dizer, para pedir uma estradinha qualquer era um sacrifício.

JPGAROPABA: Antes de ingressar na política, com o que o Sr. trabalhou?

JORGE: Eu trabalhei na roça e depois eu fui professor, em 1947, quando eu já tinha 20 anos, no Morro da Encantada. Em 1956 eu me formei como professor regionalista. Em 1960 como professor na universidade.

JP: Como ocorreu a última emancipação de Garopaba, em 1961?

JORGE: Em 1960 eu deixei de terminar o curso para servir Garopaba como Prefeito Provisório. João Orestes de Araújo já estava movimentando a cidade. Ele dizia: Seu Jorge a gente tem que fazer alguma coisa. Está tudo atrasado, tudo ruim. Ele serviu lá (em Palhoça) como vereador e veio para Garopaba com esta ideia. Eu dizia não Sr. Joca, não dá. Eu já estava ajudando ele em Garopaba, quando ele apareceu. Daí nós emancipamos o município e outros também da região foram emancipados (Paulo Lopes, por exemplo).

JP: O Sr. se filiou a um partido e concorreu a eleição ou foi indicação política?

JORGE: Eu fui indicado pelo João Orestes de Araújo, o Joca né? Ele era a liderança maior de Garopaba. Depois da emancipação ele me nomeou Prefeito Provisório. Quando chegou em 31 de agosto ele exigiu que eu fosse o primeiro candidato. Daí eu passei (a prefeitura) para o Agenor Lino Silva.

JP: Quais as metas da administração?

JORGE: Primeiro era o transporte que era muito difícil. Por exemplo, para vir do Macacu ao Centro a pessoa levava meio dia. Não tinha estrada. O carro-de-boi tinha que trazer as mercadorias. As vezes vinha pela praia, mas nem sempre tinha condições para passar por ali, por causa da maré, daí tinha que vir por outro lado. Parece que estou vendo eu conversando com o Sr. Joca para abrirmos outra estrada.

JP: Qual foi a sensação quando o Sr. foi eleito Prefeito?

JORGE: Eu me sentia feliz. Mas muitos menosprezavam: Ah, o município de Garopaba... Eu me lembro que o inspetor de Palhoça debochava.

JP: Como era o contato com as pessoas durante a sua administração?

JORGE: Era muito bom. O povo se respeitava muito e respeitava muito as autoridades. Só que a gente não podia garantir nada para eles, até porque o município era muito pequeno e pobre. Era muito mais difícil que hoje. Hoje já tem recursos, naquele tempo não tinha nada. Com os dois primeiros orçamentos não dava para fazer quase nada.

JP: E o prédio da Prefeitura onde ficava?

JORGE: A Prefeitura começou ao lado da Igreja, no Casarão. Depois passou para perto do Cemitério, aonde foi o Cartório e a Câmara Municipal. E, posteriormente, para o atual prédio.

JP: Como que o Senhor avalia a política do início da década de 1960 até os dias atuais?

JORGE: Naquele tempo haviam os apadrinhados e os chefes políticos. Havia uma ideologia. Não 
se entrava em qualquer partido. Se uma pessoa era da UDN, era deste partido e pronto. Era radical. Hoje em dia não. Não tem tanta força como antigamente.

JP: No seu ponto de vista, o que mudou na política em Garopaba?

JORGE: O que mudou e melhorou foi que o pessoal não leva muito em conta o que o diretório geral determina. Antes se apoiava um candidato gostando ou não. Era o partido quem mandava. Hoje em dia não, é a pessoa mesmo que se apresenta para ser avaliada. Eu vi isso em Garopaba nos últimos tempos, quando estive lá.

JP: Desde a emancipação de Garopaba o turismo aflorou principalmente de gaúchos. Qual a participação da sua administração?

JORGE: Baseado na política do Sr. João Orestes de Araújo. Eu não acreditava e dizia: Seu Joca, Garopaba não tem nada. O pessoal planta para a subsistência, para vender não tem nada. A pescaria tinha anos que dava boa. Ele dizia que a meta dele era o turismo. Tu vais ver que estas terras que estão ai vão ser bem vendidas. E dito e feito.

JP: De alguma maneira a sua gestão colaborou para a expansão do turismo?

JORGE: A minha permanência enquanto prefeito com certeza colaborou e muito. O que eu mais 
recebia no meu gabinete eram reivindicações sobre a praia e elogios. A Vigia eu não podia fazer nada porque já era particular, mas esperava que ficasse sempre assim. Principalmente a Praia do Centro era a que eles mais falavam.

JP: Qual a sensação quando o Sr. lembra de Garopaba e seu envolvimento com o crescimento que ela teve?

JORGE: Ah, eu tenho muita alegria (risos). Eu fui uma pessoa negativa e duvidei de Garopaba. Mas o Sr. Joca dizia que eu ia ver quando o turismo chegasse e as terras fossem valorizadas. Ele dizia que a gente seria conhecido no mundo inteiro. Eu respondia: do mundo inteiro? Só do Brasil está bom.

JP: Qual a sua dica para a juventude de Garopaba?

JORGE: É que eles permaneçam em Garopaba. Porque antes a gente corria de lá porque a mão de obra especializada para a melhoria de vida porque não tinha condições. Já tem um princípio lá. Falta agora uma coragem e se estabelecer lá. Que eles sejam um pouco mais garopabenses, embora procurando o objetivo de melhorar, mas voltar um pouco para esta terra.

JP: Sua mensagem pelos 50 anos de emancipação política e administrativa de Garopaba?

JORGE: Eu me sinto satisfeito por ver Garopaba um pouco modificada do meu tempo. No meu tempo Garopaba pertencia à Palhoça, ambos pobres. Um não tinha condições de ajudar o outro. Eu desejo que Garopaba tenha prosperidade e que os que venham de fora colaborem para o bem da cidade.

Jorge Pacheco foi vice-prefeito durante a administração de João Orestes de Araújo e, em 
janeiro de 1969, assumiu a função de Prefeito de Garopaba, após ser eleito por voto direto. Indiretamente ele permaneceu ainda na década de 1970 na administração municipal.

Heloiza Abreu.
Matéria publicada na edição 184 do Jornal da Praia Garopaba.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Os primeiros passos da emancipação de Garopaba

Yga, Ygara, Ygarapá, Ygarapaba, Garopaba. A Enseada de Barcos, devido o significado do nome indígena, deixou a “infância” e completa neste mês 50 anos da última emancipação. Tentativas para torná-la cidade foram algumas. Registros datam que a primeira teria ocorrido em 15 de novembro de 1889, porém sem sucesso. E no ano seguinte, em 06 de março de 1890, é expedido o decreto:

“O Tenente Coronel Lauro Severiano Müller, bacharel em matemática e ciências físicas, e governador do Estado de Santa Catarina decreta:

Art. 1º - Fica desmembrada a Freguesia de São Joaquim de Garopaba do Termo de São José, para formar um novo Município com a denominação Município de Garopaba, e elevada e dita Freguesia à categoria de Vila.”

A partir desta segunda emancipação, que permaneceu de 1890 a 1923, Garopaba apresentou desenvolvimento considerável. “Garopaba antigamente tinha um Centro muito grande e um porto. Então aquilo ali enchia de gente e as mercadorias iam tudo para ali. Isso fez com que Garopaba crescesse muito”, comentou o ex-Prefeito, Jorge Pacheco.

Registros no livro 1980 São Joaquim de Garopaba indicam que a supressão do município em 1923 ocorreu, pois o Governador Hercílio Luz levou em conta aspectos administrativos para esta ação. Consta no livro que “cabia a supressão de Municípios que eram apenas peso aos cofres públicos, podendo ser anexados, então, ou contribuir para a formação de outros, mais viáveis administrativa e economicamente”.

As quase quatro décadas enquanto Distrito do Município de Palhoça foram difíceis para a Garopaba do Norte. A economia baseada na agricultura, pecuária e pesca foi o que permitiu a permanência.

Lembrar de como era a vida naquele período é saboroso para Pedro do Nascimento. Aos 71 anos, Tito, conforme é conhecido, tem muitas histórias para contar. Filho de nativos, é um dos nascidos com o auxílio da parteira Preta Jorda, conforme era conhecida.

Tito é um dos grandes "fazedores" de redes de pescaria em Garopaba
Nascido no Siriú e morador da região, desde os três anos Tito é possuidor do dom de fazer redes de pescaria. O indivíduo, naquela época, possuía poucas opções de trabalho: normalmente trabalhava na roça ou pescaria e, em casos escassos, era professor. No caso de Tito, “o meu pai comprava o nylon em Florianópolis e nós fazíamos a rede a mão para pescar Tainha”. Acrescenta que “com idade de quatro anos aprendi a tarrafear. Matava camarão e pescava para sustentar os meus irmãos”.

A pescaria dos dias de hoje é completamente diferentes da infância e juventude de Tito, que “era uma fartura. No verão o peixe esbarrava na perna da gente”, comenta. A sobra dos peixes era distribuído entre parentes e amigos. “Ninguém dava conta de comer. A minha mãe dizia para eu levar para Tia Mariquinha, a Sinhá Bina...”.

Uma rotina difícil e pesada, o trabalho nos engenhos de farinha de mandioca também começava cedo, pois era preciso ajudar no sustento do lar. “A partir dos cinco anos o meu pai colocou a gente na roça para ajudar”, acentua. Neste mesmo ambiente tinha-se contato estreitado com os familiares, afinal era freqüentado, normalmente, por pessoas de uma mesma casa, e o trabalho era braçal. “Eu tratava do gado, aprendi a sovar mandioca no engenho, que o boi andava quatro horas para ralar a mandioca e depois fazer a massa e a farinha. Da farinha nós fazíamos ela forneada e carregava para o paiol do avô”, comenta Tito.

Ex-Armação Baleeira de São Joaquim de Garopaba, a pesca do mamífero sustentou Garopaba até o início da segunda metade do século passado. Os pescadores monitoravam-na e “o Sr. Rubens bombardeava elas em cima e rebocavam no cabo com as embarcações, puxando para a beira da praia”. Depois fazia-se o desmanche e “levavam para derreter em Imbituba, porque aqui não tinha suporte para ser derretido”, comenta.

A “matança”, como popularmente se diz, ocorria uma ou duas vezes por ano, durante a temporada que as Baleias Franca passavam pela região. O resultado era fartura, rendimento que durava até a outra temporada.

Os restos dos mamíferos são vistos até hoje. Ossos de Baleia estão expostos em órgãos e instituições de estudos e análises. Até pouco tempo eram, inclusive, expostas na Praia do Centro de Garopaba.

Sr. Tito e a esposa Osvaldina do Nascimento
Há algumas décadas não usufruía-se das praias conforme hoje garopabenses e turistas costumam utilizá-la. Tito conta que “era beneficiada para cavalos, pessoal de pé dos Morrinhos para cá. Era aonde a gente fazia as exportações das lavouras”.

Embora diante das dificuldades predominantes em Garopaba após a supressão do município, a vida em sociedade era harmoniosa. “Tinha a bênção do tio, do pai, do padrinho, da parteira, que era a Preta Velha. Tinha o compadre, a comadre. Nós abençoávamos no respeito”, explica.

O luto, por exemplo, era simbolizado pelas vestimentas. Para cada grau de parentesco ou proximidade usava-se uma cor. A família, em especial a viúva ou viúvo, deveria usar o preto. O roxo era para os familiares, e assim por adiante.

As famílias costumavam ser grandes. O casal tinha muitos filhos que logo iam agregando seus cônjuges, os netos e assim por adiante. “A minha mãe mal acabava de ter um filho e já vinha outro” comenta e brinca que ”mamava um no peito e um no outro”.

Comida típica, a alimentação era baseada em frutos do mar, como a tradicional Tainha, além de outros frutos do mar, muito pescados nas praias da região. O pirão de água ou de feijão era uma espécie de principal, afinal, não havia opções.

Governador Ivo Silveira (E) acompanhado de Joca Araújo e Jorge Pacheco (D)














Mas em 19 de dezembro de 1961 o quadro muda. João Orestes de Araújo e Jorge Pacheco de Souza trabalham juntos em prol da emancipação de Garopaba. Jorge é indicado como Prefeito provisório, aonde permaneceu até 1962. Posteriormente assume, após sair vitorioso da primeira eleição direta, João Orestes de Araújo, sucedido por Pacheco.

E ao longo destes 50 anos Garopaba deixou de ser distrito, passou a “caminhar com os próprios pés”, passou por inúmeras mudanças em diversos aspectos, desde geográficos, religiosos, até, inclusive sociais. Moradores mudaram as aparências, mesclaram os rostos, os costumes, alimentação, vestimentas, e muitas outras características que antes jamais se imaginara. Hoje vive-se em uma cidade de contrastes: pacata durante o ano e na temporada de verão movimentada.

Relação dos Prefeitos de Garopaba:

Jorge Pacheco de Souza – Prefeito Provisório – 1961 a 1961
João Orestes de Araújo – 1º Prefeito Eleito – 1963 a 1968
Jorge Pacheco de Souza – 1969 a 1972
Joaquim Roque Pacheco – 1973 – 1976
Adílio Inácio de Abreu – 1977 a 1982
Batista Pacheco Pereira – 1983 a 1988
Quirino Juvêncio Lopes – 1989 a 1992
Ari Osvaldo Sanseverino – 1993 a 1996
Quirino Juvêncio Lopes – 1997 a 2000; 2001 a 2004
Luiz Carlos da Silva – 2005 a 2008
Luiz Carlos Luiz – 2009 a 2012

Heloiza Abreu
Reportagem publicada na edição 184 do Jornal da Praia Garopaba

Justiça de Garopaba suspende Projeto 078

A suspensão do Projeto de Lei 078, aprovado na Câmara de Vereadores dia 18 de outubro deste ano, foi emitida no final de quarta-feira, 14 de dezembro, pela Juíza da Comarca de Garopaba, Claudia Ribas Marinho. 

O Projeto 078, ou ainda lei municipal 1.576/2011, permitia a construção de prédios com até três pavimentos e dois subsolos, desde que estivessem a 600 metros de mares, rios, lagoas, além de lugares de proteção ambiental. A lei, no entanto, discorda do Plano Diretor do Município, que permite a construção de apenas dois pavimentos e um subsolo.

Instituições ambientais e de direitos humanos do município entraram com uma ação no Ministério Público de Garopaba, dias após a aprovação do Projeto de Lei, alegando inconstitucionalidade. No decorrer da liminar, por exemplo, consta que não há apresentação de documentos que comprovem a realização de audiências públicas de acordo com a legislação, com a devida publicidade, atingindo toda a população. O documento judicial apresenta, ainda, que algumas chegaram a ser marcadas, porém durante a realização não se tratou do devido assunto.

“Tem-se a primeira audiência pública conforme o documento de fls. 192 datado de 19/11/2008 foi substituída por uma reunião técnica ocorrida anteriormente, ou seja, não houve consulta popular. Presume-se, então, que houve violação da ordem jurídica vigente, a qual exige a participação direta da população, e não pode ser substituível pelas reuniões e comissões técnicas de trabalho”.

Há registros neste mesmo documento emitido pela Juíza de Garopaba de, pelo menos, outros dois casos semelhantes, um ocorrido no dia 20 de novembro de 2008 e outro em 14 de abril de 2009. Porém, “em que pesem os documentos trazidos pelo Município de Garopaba demonstrarem a consulta popular, se tem a cognição sumária que os meios empregados para tanto foram deficientes, pois não possibilitaram aos munícipes a chance de participar das audiências, cuja matéria debatida é sobremaneira importante a todos, infringindo, portanto, o princípio de gestão democrática”, explica o processo.

Por isso, a Dra. Claudia Ribas Marinho decretou que “Diante dos fatos expostos, certo é que os pressupostos para o deferimento da liminar se encontram presentes. (...) Logo, defiro a liminar pleiteada, para suspender os efeitos da lei municipal nº 1.576/2011, determinando ao Poder Executivo a obrigação de não fazer consistente em abster-se da aplicar a mencionada lei e a obrigação de anular os eventuais licenciamentos concedidos ou em tramitação com fundação na lei municipal”. E acrescenta que “Diante do todo o exposto, (...), impõe a suspensão liminarmente da eficácia da lei municipal 1.576/2011 durante a tramitação dessa ação, a fim de verificar se as normas acima em comento foram ou não fielmente observadas pelo Poder Público, isto é, se a consulta popular (audiências públicas) foi realizada de acordo com os princípios da publicidade, informação e participação popular, de modo a tornar assegurar o princípio da gestão democrática”.

A partir desta liminar, os Poderes Executivo e Legislativo de Garopaba poderão recorrer a decisão comprovando desenvolvimento legal das ações para a aprovação do Projeto 078 (ou lei 1.576/2011).

Por telefone o Prefeito Luiz Nestor conversou com a equipe do JPGAROPABA e falou que esta liminar pode ser favorável para a lei, pois afirma que “eu acredito que vai acabar validando a lei e mostrando que está correta”.

Independente da aprovação do recurso ou não, Luiz Nestor garante que medidas serão tomadas para que, pelo menos, o prédio do IFSC seja construído e o do Garopaba Hotel (antigo Bavária Mar Hotel) seja reformado.

 Heloiza Abreu
Matéria publicada na edição 184 do Jornal da Praia Garopaba