sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Brasileiros contam como foi a passagem de Sandy nos EUA


Destruição: ex-moradores de Garopaba e Imbituba estão em regiões afetadas pela supertempestade



Uma espécie de segunda-feira com cara de domingo. Foi desta forma que a ex-moradora de Garopaba, Laura Cardoni Ruffier, que vive hoje na cidade de Manhattan, em Nova York, descreveu os momentos que antecederam a chegada da supertempestade Sandy na região. O fenômeno iniciou na semana passada no Caribe, matando 67 pessoas e atingiu a costa leste dos Estados Unidos na noite desta segunda-feira, 29.

As aulas foram suspensas e as pessoas permaneceram em casa, segundo Laura. A brasileira contou que a cidade parou e que praticamente nenhum local público e comércio funcionaram, sem levar em conta o funcionamento dos metrôs e sistema de ônibus durante a segunda-feira.

- Foi um daqueles dias dentro de casa, comendo e assistindo TV – narrou.

Numa mesma cidade, o fenômeno se apresentou das mais variadas formas. Laura mora perto do Central Park e só percebeu vento, algumas árvores derrubadas e sequer ficou sem energia elétrica em casa. Mas nas regiões mais baixas da cidade, diz que a situação foi bem pior.

Em Massachusetts, onde está o imbitubense Rondineli Geremias, até o início da tarde de segunda-feira as manifestações da tempestade ainda eram amenas. Mas mesmo assim as pessoas já se preparavam para a chegada de Sandy.

- No domingo já não tinha lanterna na loja próximo da minha casa. As pessoas estão comprando água, lanternas, bateria e comida que não vai para a geladeira – disse Geremias.

A noite foi tranquila tanto para Laura quanto para Geremias. Nos próximos dias os moradores das regiões afetadas irão dar continuidade na rotina para poder enfrentar os prejuízos causados pela tempestade.

A supertempestade Sandy

Iniciado na semana passada no Caribe, o furacão Sandy também atingiu a Jamaica, Cuba e o Haiti. Ao tocar o solo estadunidense, na região de Nova Jersey, rebaixou de furacão categoria 1 para um ciclone extratropical. No entanto, se uniu a outros dois sistemas meteorológicos aumentando a intensidade da tempestade. Os ventos chegaram a 130km/h, se deslocando a 37km/h.

Com a chegada nos Estados Unidos, parte da Ilha de Manhattan ficou inundada e cerca de 8,2 milhões de pessoas ficaram sem energia em 18 estados da costa leste dos Estados Unidos, sendo Nova York e Pensilvânia os estados mais atingidos, segundo o Departamento de Energia.

Na manhã de terça-feira, 30, o Sandy perdeu força e seguiu o trajeto para o leste. De acordo com autoridades meteorológicas, o Sandy é o 10º furacão na região e a 18ª tempestade tropical deste ano.

Os ônibus começaram a circular na manhã desta quarta-feira, 31, em Nova York. E de acordo com o prefeito Michael Bloomberg, o metrô ainda irá demorar alguns dias para voltar a funcionar.

A estimativa é que os prejuízos cheguem a US$ 20 bilhões, sendo que a metade deste valor é garantido por seguros.


Números do Caos
82 é número de mortes na América do Norte, sendo 42 somente no estado de Nova York.
8,2 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica em 18 estados da costa leste dos EUA. Em Nova York foram cerca de 2 milhões de atingidos e na Pensilvânia foram 1,3, segundo o departamento de energia.
67 é o número de mortes ocasionadas pela supertempestade Sandy somente Caribe, Jamaica, Cuba e Haiti



Heloiza Abreu
Matéria publicada na edição nº 28 do Jornal Impresso Catarinense.

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