terça-feira, 18 de outubro de 2011

Opinião JP

As últimas semanas em Garopaba foram pautadas pelo Projeto 078 da Câmara de Vereadores. Discussões, jogos de opiniões, manifestações e a tradicional politicagem marcaram presença nos momentos em que o assunto foi tocado. São dias de desgaste e mesmice.
   
Os membros do executivo e legislativo não se preocupam em clarear os benefícios que o projeto visa trazer para a cidade. A comunidade se preocupa em entendê-lo.
   
É fato e de conhecimento de todos que o projeto pretende, inclusive, legalizar aqueles prédios construídos de maneira irregular, pois se engana quem pensa que em Garopaba há apenas prédios de no máximo dois pavimentos e subsolo de um andar. É preciso sair nas ruas, prestar atenção ao redor e não colocar vendas nos olhos, permitindo enxergar apenas aquilo que se quer, afinal, estas construções aconteceram antes do plano diretor e continuam de pé. E como se justificaram estas aprovações, considerando que sempre existiu um plano diretor que não as permitia?
   
Argumentos não faltam para persuadir a população a aceitar a aprovação do projeto 078. Alguns são reais, mas outros são um tanto abstratos. Quanto ao IF-SC, por exemplo, obviamente que de nada depende a aprovação deste projeto. Garopaba NÃO perderá o IFSC, independente deste projeto ou não, afirma o instituto. “O Programa de Expansão da Rede Federal não condiciona o município participante a promover quaisquer alterações na legislação municipal, em especial no Plano Diretor”.

O projeto, para aqueles que desconhecem, é padrão federal e em casos especiais é readequado. Da mesma maneira irá acontecer com o prédio da UPA – Unidade de Pronto Atendimento e com os tantos outros projetos pretendidos para Garopaba.
   
Quem sabe a “boa ideia” da fase seria discutir pacificamente os pontos pertinentes do projeto e tentar compreendê-lo efetivamente. Se todos caminharem de mãos dadas, focando o desenvolvimento sustentável, quem ganha é a cidade.


Jornal da Praia Garopaba - Edição 180.

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